Projetos

 

Construção de corpus metalinguístico

2017 - Atual

Descrição: O objeto da pesquisa é a construção de textos gramaticais a serem publicados no banco de dados eletrônico do site do projeto Corpus de textes linguistiques fondamentaux (CTLF), cujo endereço é http://ctlf.ens-lyon.fr.

Integrantes: Marli Quadros Leite (Coordenador); Jacqueline Léon; Maria Mercedes Saraiva Hackerott; Jorge Viana de Moraes; Bernard Colombat; Cínthia Cardoso de Siqueira; Raquel do Nascimento Marques; Mairus Prete; Francivaldo Lourenço; Jordana Lisboa; Clóvis Alonso Júnior; Pedro Luís Rodrigues; Lúcia Helena Ferreira.

 

Gramáticas no Brasil - Coleção BBM

2019 - Atual

Descrição: O objetivo do projeto é apresentar, descrever e publicar edições comentadas e críticas de gramáticas brasileiras da coleção da BBM (Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin). A pesquisa visa a pôr em relevo aspectos da formação do pensamento linguístico brasileiro presentes em gramáticas brasílicas e brasileiras. O pensamento linguístico construído e exposto em obras gramaticais é mal conhecido, ou até mesmo desconhecido, porque poucos estudiosos têm considerado as gramáticas como material de pesquisa. As gramáticas, contudo, são instrumentos linguísticos preciosos pelos quais se pode conhecer a história da formação do pensamento linguístico de um povo. A história da gramática brasílica começou em 1595, quando José de Anchieta descreveu o tupi antigo, o que resultou na publicação da obra Arte de grammatica da lingua mais usada na costa do Brasil, depois, em 1621, Luís Figueira, também descreveu o tupi na Arte da lingua brasilica. Alguns anos depois, em 1699, o padre italiano, Luiz Vicencio Mamiani escreveu a Arte de grammatica da lingua brasilica da naçam Kiriri e essas obras deram partida para outras igualmente importantes. Essas e outras gramáticas, que fazem parte da história do pensamento linguístico a respeito das línguas faladas pelos indígenas do Brasil fazem parte do acervo da Biblioteca Brasiliana. Já a história da gramática brasileira começa em 1816, quando aqui foi publicada, a Arte de grammatica portugueza, pelo padre brasileiro Ignácio Fortes, um professor de língua latina, Depois dessas, muitas outras foram surgindo, como a do padre Antonio da Costa Duarte, que, em 1829, deu à luz, na província do Maranhão, ao Compêndio de gramática portuguesa, que veio a ter seis edições, das quais a BBM tem duas, a primeira e a quarta, de 1859. Em 1835, Antonio Pereira Coruja, originário do Rio Grande do Sul, que se mudou para o Rio de Janeiro, onde fundou um colégio para rapazes e escreveu obras metalinguísticas, o Compendio da grammatica nacional (1835), que chegou a ter dozes edições entre 1835 a 1894, das quais o BBM tem dois exemplares, de 1835 e 1846, além da Collecção dos vocábulos usados na provincia de S. Pedro do Rio Grande do Sul (1861). Também do século XIX, 1872, é o Compendio de grammatica da lingua portugueza, de Laurindo Rabello da Silva, médico e professor militar, que escreveu sua gramática para uso das escolas regimentais do exército e para o ensino dos aprendizes artilheiros. No início do século XX, publica-se a gramática mais editada no Brasil até o momento, foram cento e quatorze edições, de autoria do professor mineiro Eduardo Carlos Pereira, que atuou como professor no Rio de Janeiro, onde publicou a Gramática expositiva, em 1907, obra que foi reeditada até o ano de 1959. Dessa gramática, a BBM tem dois exemplares, de 1921 e de 1932. Nosso objetivo é, juntamente com colegas de várias universidades do Brasil, descrever e editar três gramáticas brasílicas e três gramáticas brasileiras, para publicação impressa, em convênio com a Editora da Biblioteca Brasiliana.

Integrantes: Marli Quadros Leite (Coordenador); Ricardo Cavaliere; José Borges Netto; Otto Zwartes; Maria Mercedes Saraiva Hackerott; Mairus Prete.